2 de abril de 2012

Claudemiro Avelino é empossado como sócio efetivo do IHGAL

“O juiz Claudemiro Avelino de Souza é um desses homens que sabem, que sentem e dizem. Chega agora a essa casa das Alagoas por seus próprios méritos, pelo reconhecimento de nós todos aos seus múltiplos talentos. Por isso, o Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas (IHGAL) sente-se bem, externa-se em festa ao recebê-lo entre os seus. Esta casa é sua pelo muito que tem feito na lavoura do resgate histórico do Poder Judiciário alagoano. Sua presença nesse colegiado tem uma grande significação para nós, porque temos nela, antes de tudo, a presença de um genuíno literário, de um verdadeiro historiador, porque a história, depois das tarefas ligadas ao fórum, é um motivo constante de trabalho e uma fonte inesgotável de pesquisa para Vossa Excelência”.  

 

 

 

Foi com essas palavras de saudação proferidas pelo procurador-geral de Maceió e sócio do Instituto, Diógenes Tenório de Albuquerque Júnior, que o magistrado Cleudemiro Avelino tomou posse como novo membro do IHGAL, assumindo a cadeira 26, antes ocupada pelo Consócio Dr. Edson Mario de Alcântara. A solenidade aconteceu na noite da última sexta-feira (30) e contou com a presença de familiares e amigos do magistrado, bem como de diversas personalidades do Estado.

 

  

Ao recepcionar Claudemiro Avelino, o sócio Diógenes Tenório não reservou elogios: “jovem inteligente comunicativo e dinâmico concretiza em sua vida o que está escrito no livro de Jó, da Bíblia sagrada: ‘a vida do homem é uma luta constante sobre a terra’. Tem feito do exercício da Magistratura a sua forma de contribuir para construção de um mundo mais fraterno. Homem cordial, fino no trato com as pessoas, nunca fez da sua toga um instrumento de superioridade, nem nunca deixou de enxergar o drama humano que agita sobre as páginas frias de cada processo judicial”, destacou.

 

  

Tenório também realçou a simplicidade do empossado e falou da felicidade de estar saudando o magistrado que, para ele, é um grande amigo. “Simples, oriundo de uma terra interiorana, filho de família humilde, muito cedo começou a luta e nunca mais parou. De degrau em degrau, foi aprendendo com a vida, crescendo com a luta e subindo como homem de valor. Este, para mim, é um momento de imensa alegria, pois estou saudando um amigo, companheiro”, frisou.

 

  

Antes de proferir o discurso de posse, Claudemiro Avelino homenageou seus pais. O magistrado conseguiu emocionar o público ao render homenagem a sua mãe, entregando-lhe um buquê de flores e ao seu pai com uma placa em agradecimento pelas lições de vida, as quais ajudaram a formar seu caráter.

 

 

 

Durante discurso, Claudemiro Avelino voltou ao passado. Lembrou de suas origens e de como cresceu nos estudos e na profissão. “Nascido em Miaí de Cima – no Coruripe, sou produto da terra dos cajus e das massarandubas. Cedo aportei em Maceió. Passado o tempo e já cursando Direito, decidi também cursar História. Seguindo em frente e, depois de alguns anos como magistrado, num desses fatos surpreendentes que revela a instabilidade do administrador público, quis a vida que eu dormisse juiz de Satuba e acordasse juiz de Penedo”, contou o magistrado, ressaltando que dali dava-se início a um desbravar.

 

  

O magistrado revelou que foi em Penedo que se impôs ao desafio de conhecer os literatos, visando melhor entendimento da formação e aos registros da cultura alagoana. “Passar a conhecer os escritos e a vida dos autores enriqueceu-me. Ousei ser habitual pesquisador, fato que me aproximou deste monumento edifício histórico- cultural”, enfatizou Claudemiro, referindo-se ao Instituto e ainda complementando: “Não há como negar certa magia à condução desse desiderato de chegar a compor como sócio o IHGAL”.

 

  

O juiz disse estar convicto de que o Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas é, antes de tudo, a história das ideias e fatos do que há de mais importante na literatura e nas expressões artístico-culturais do passado do Estado.

 

  Finalizando sua fala, agradeceu pelo amparo familiar de seus pais, irmãos, filhos e demais parentes e amigos. Também dedicou o discurso aos comunicadores, jornalistas, poetas, pensadores, juristas, políticos e escritores “do ontem e do hoje, que com suas bandeiras de luta por igualdade social continuam contribuindo para o exercício da paz, da liberdade e para preservação dos valores humanísticos”.   PresençasOs membros da Diretoria Executiva da Associação Alagoana de Magistrados (Almagis) Eliana Normande e Silvana Omena marcaram presença na cerimônia, sendo o presidente da entidade de classe, juiz Pedro Ivens Simões de França, a compor a mesa de trabalhos. A vice-presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), desembargadora Nelma Torres Padilha, também esteve na posse, assim como demais membros da Magistratura alagoana.

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