25 de janeiro de 2019

Coordenadoria de Infância e da Juventude apresenta projeto de incentivo a adoção tardia

A juíza Fátima Pirauá, coordenadora de Infância e Juventude do Judiciário alagoano, apresentou ao presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), Tutmés Airan de Albuquerque, um projeto que visa gravar depoimentos de crianças acima de sete anos e adolescentes sobre a vida deles e o sonho de ter uma família. Os vídeos, produzidos pela Comunicação do TJAL, serão exibidos para adotantes e poderão ser veiculados em meios de comunicação a fim de sensibilizar as pessoas sobre a adoção tardia.
 
“Belíssimo projeto, vai ser um sucesso absoluto, eu não tenho a menor dúvida, porque tem uma carga emocionante muito grande e toca o coração das pessoas. O desejo deles, o olhar, as palavras, o gesto, tudo isso é uma súplica. O desejo de ter uma família, um acolhimento, um abraço, um carinho, uma perspectiva de futuro, isso que é decisivo. E a gente pode dar um pouco mais de nós a essas pessoas”, disse o presidente Tutmés Airan após assistir a alguns dos vídeos já produzidos.
 
De acordo com a magistrada, que chefia a Coordenadoria Estadual da Infância e da Juventude de Alagoas (CEIJ) e a 28ª Vara Cível da Capital (Infância e Juventude), esta é uma forma de dar visibilidade aos que estão acolhidos nos abrigos e não fazem parte da faixa etária de preferência dos adotantes. Para Fátima Pirauá, se os interessados conhecerem todos que estão disponíveis para adoção, as chances deles ganharem um lar aumenta significativamente.
 
“Essas crianças maiores também têm o direito de ter uma família substituta, e têm também um monte de afeto no coração, esperando para passar para essas pessoas que já têm intenção de adotar, embora, no seu perfil, elas não queiram crianças maiores. Vendo os vídeos, ouvindo esses adolescentes e essas crianças, certamente, vão se sensibilizar. A adoção tardia, como a gente chama com uma idade mais avançada, é possível de acontecer e pode ser tão benéfica para o adolescente ou para a criança que vai ser adotada, quanto para o casal, para a família, para a pessoa que vai adotar”, explicou a magistrada.
 
O presidente Tutmés Airan também explicou que os depoimentos poderão ser exibidos para outras pessoas. “A ideia é que esses vídeos possam ganhar a TV aberta, eu vou procurá-las para ver se a gente veicula. Há também uma outra ideia de envolvimento dos clubes de futebol de massa, como CSA, CRB, e o meu ASA de Arapiraca. Vamos nos engajar todos, para ver se a gente consegue dar vasão a essa torrente de sentimentos e de desejos de ser adotado”, disse.
 
Ainda de acordo com a juíza Fátima Pirauá, existem mais de 80 crianças e adolescentes acolhidas em abrigos e cerca de 80% delas estão fora da faixa etária preferida pelos adotantes. “São esses para quem a gente deve dirigir agora o nosso olhar, para conseguir que eles tenham esse direito constitucional. E, com certeza, as pessoas que se sensibilizarem e que desejarem adotar essas crianças maiores e esses adolescentes, terão sim a recompensa imensa que é ser muito amado por eles e por elas que lá estão esperando este momento”, finalizou.
 
A promotora de justiça que atua na 28ª Vara Cível da Capital, Marluce Caldas, o diretor de Comunicação do TJAL, Maikel Marques, e servidores também participaram da reunião.

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